Especialidades e Tratamentos

Neoplasias Cutâneas e Prevenção do Câncer de Pele

Exame do corpo todo e Dermatoscopia

Uma vez no consultório da Dra. Caroline, o paciente sempre passará, independente de sua queixa, na primeira consulta e periodicamente, por um exame clínico do corpo todo, com auxílio de um aparelho chamado dermatoscópio.

Tal exame visa a análise de pintas e verificação de lesões suspeitas de câncer.

Queratose Actínica

São consideradas lesões pré-cancerígenas que acometem 10 a 25% da população mundial.

Manifesta-se como lesões espessas, endurecidas, amareladas nas regiões da pele que recebem mais exposição solar (couro cabeludo, face, membros superiores e V do decote).

O diagnóstico da doença geralmente é clínico, ou seja, pelo exame dermatológico completo com auxílio de dermatoscopia pelo dermatologista devidamente capacitado. Diante de dúvidas diagnósticas, o exame de biópsia pode ser realizado.

O tratamento deve englobar proteção solar, não só com vestimentas adequadas, mas também com uso diário e frequente dos filtros solares. Dentre os tratamentos das lesões, podemos incluir: cirurgia, aplicação de ácidos em consultório, aplicação de nitrogênio líquido em consultório (crioterapia), aplicação de medicações em casa sob orientação médica, terapia fotodinâmica e terapia fotodinâmica day light.

Carcinoma Espinocelular

Câncer de pele bastante comum, manifesta-se, em geral, como lesões elevadas duras e inelásticas, nos locais de fotoexposição crônica (geralmente, couro cabeludo, face, membros superiores e V do decote).

Lesões de pele elevadas duras, nos locais de fotoexposição crônica, que podem sangrar ou doer.

Para confirmação diagnóstica, faz-se necessária a realização de exame de biópsia da pele.

O tratamento inclui retirada por cirurgia ou destruição através da aplicação de substâncias em casa, com a devida supervisão do dermatologista. Em alguns casos de doença avançada, pode ser necessário o tratamento conjunto com outras especialidades e inclui: radioterapia, quimioterapia ou terapia alvo. O paciente que já teve carcinoma espinocelular deve ter acompanhamento frequente com o dermatologista, pois quem já teve câncer de pele apresenta risco aumentado para ter outros cânceres cutâneos.

Carcinoma Basocelular

Neoplasia cutânea mais frequente de todas, com baixa letalidade e mais presente em pessoas que se expuseram por muitos anos ao sol.

Manifesta-se classicamente por nódulos brilhantes, com ou sem pigmento escuro, com vasos finos no seu interior, nas áreas de exposição crônica ao sol. Pode apresentar sangramento. O diagnóstico é clínico, mas a confirmação com biópsia é necessária.

O tratamento geralmente é cirúrgico, mas alguns tratamentos tópicos podem ser considerados, bem como criocirurgia. Radioterapia é restrita para apenas alguns casos. Metástases (disseminação do câncer para outros órgãos) são extremamente raras. O paciente que já teve carcinoma basocelular deve ter acompanhamento frequente com o dermatologista, pois quem já teve câncer de pele apresenta risco aumentado para ter outros cânceres cutâneos.

Melanoma

O melanoma é um câncer de pele que tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina (pigmento que dá cor à pele). Trata-se de um câncer de pele grave, com alta mortalidade, porém com taxa de cura de 90% se detectado precocemente.

Os fatores de risco para melanoma são: peles claras; história de exposição solar intensa; queimadura solar, principalmente com formação de bolhas prévia; antecedente familiar de primeiro grau com melanoma; história de nevos melanocíticos (pintas) displásicos; presença de muitos nevos melanocíticos (pintas); antecedente de melanoma prévio; síndromes genéticas, em especial xeroderma pigmentoso; doenças que gerem imunossupressão (sistema imunológico enfraquecido).

 

O melanoma apresenta-se clinicamente como uma “pinta” ou “sinal” na pele com diversas cores, de formato irregular, história de crescimento e/ou sintomas como sangramento. A localização mais frequente de melanoma nas mulheres é nas pernas e nos homens, no tronco.

Diante da hipótese de melanoma, deve-se fazer a retirada completa da lesão para análise. Confirmando o diagnóstico, estão indicados, geralmente, outra cirurgia, que consiste na ampliação de margens, e pesquisa de metástases. A abordagem do paciente dependerá do quanto espesso é o câncer e se houve acometimento ou não de outros órgãos. Quimioterapia e radioterapia também são tratamentos possíveis. O paciente que teve melanoma deverá fazer seguimento periódico com o dermatologista para o resto da vida. O exame dermatológico das pintas, com auxílio da dermatoscopia, por dermatologista capacitado, pode detectar melanomas em estágios iniciais e, consequentemente, tratamento precoce, conferindo um melhor prognóstico para o paciente acometido.

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