Especialidades e Tratamentos

Infecções Sexualmente Transmissíveis

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

 

O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções.

A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

(texto adaptado do site do Ministério da Saúde)

Verrugas genitais e anais (HPV)

Patologia bastante frequente na população sexualmente ativa, são causadas pelo vírus do Papiloma Humano (HPV), cuja transmissão ocorre por contato direto com a pele ou a mucosa infectada. A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas; em alguns casos, o HPV pode ficar adormecido de meses a anos, sem manifestar sinais visíveis a olho nu ou sintomas.

A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. A maioria das infecções, em especial em mulheres, tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses.

As verrugas genitais são lesões espessas, endurecidas, amareladas ou acastanhadas, que, em último caso, podem gerar o aspecto de couve-flor (condiloma acuminado). Podem acometer mucosa genital feminina e masculina, uretra, vagina, colo do útero, região perianal ou mucosa oral.

Dentre os tratamentos disponíveis, temos:

– Remoção das lesões em consultório, previamente anestesiadas com anestesia em pomada;
– Aplicação de nitrogênio líquido ou de alguns ácidos sobre as lesões, em consultório;
– Tratamentos locais em casa, como pomadas ou produtos manipulados.

Os pacientes devem ser vistos com frequência pelo dermatologista, já que a infecção é altamente recidivante. Investigação de outras doenças sexualmente transmissíveis é imprescindível e em alguns casos, devem-se procurar condições que enfraqueçam o sistema imunológico (imunossupressão).

O tratamento deve ter abordagem multidisciplinar, com avaliações dermatológica, ginecológica/urológica e coloproctológica.

A prevenção inclui o uso de preservativos (ainda que não haja uma segurança de prevenção de 100%) e a vacinação contra o vírus.

Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina quadrivalente, que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, que confere proteção contra HPV 16 e 18.

A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para: meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, pessoas com HIV e pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos. Na rede particular, a vacina pode ser considerada caso a caso.

Molusco contagioso genital

É uma infecção viral causada pelos vírus da família Poxvírus, que ocasiona, lesões pequenas, brilhantes e arredondadas em diversas localizações do corpo. Quando presentes na região genital, podem ser consideradas doenças sexualmente transmissíveis.

Tratam-se de lesões pequenas, brilhantes e arredondadas em diversas localizações do corpo. Quando presentes na região genital, podem ser consideradas doenças sexualmente transmissíveis.

O diagnóstico da doença geralmente é clínico, ou seja, pelo exame dermatológico completo pelo dermatologista devidamente capacitado, mas em algumas situações, pode-se fazer biópsia para maior elucidação diagnóstica.

As opções de tratamento da doença incluem:

-Remoção das lesões em consultório, previamente anestesiadas com anestesia em pomada

-Aplicação de nitrogênio líquido ou de alguns ácidos sobre as lesões, em consultório

-Tratamentos locais em casa, como pomadas ou produtos manipulados

A prevenção inclui o uso de preservativos (ainda que não haja uma segurança de prevenção de 100%).

Pediculose genital (chato)

É uma doença parasitária causada por piolhos (chamada de “chato”, pois o parasita responsável tem forma achatada) na região genital.

Apresenta-se como prurido intenso na região genital, além de lesões derivadas da coçadura.

A transmissão da infestação se dá por meio de contato direto por via sexual.

Os pediculicidas tópicos constituem o método mais efetivo, sendo a permetrina a mais usada. Em alguns casos, pode ser necessária a associação com medicações  por via oral.

 Alguns cuidados são imperativos e essenciais para o tratamento correto, além das medicações:

– Roupas e utensílios pessoais de pano usados nas últimas 48 horas devem ser lavados com água em temperatura acima de 50 graus Celsius e/ou secados em máquinas de secar roupas nas mais altas configurações de calor;

– É fundamental o tratamento dos parceiros sexuais;

– Se possível, fazer depilação da área genital.

Herpes simples genital

Infecção, geralmente de caráter recidivante (ocorre várias vezes ao longo da vida), causada pelos vírus da herpes, geralmente do tipo 2.

Os sintomas iniciais da doença são queimação, coceira ou pinicação na pele. Após alguns dias, surgem vesículas (pequenas bolhas) sob uma base avermelhada na pele, que tendem a romper e cicatrizar em algumas semanas.

O tratamento é imperativo para alguns casos, com antivirais por via oral.

A prevenção inclui o uso de preservativos (ainda que não haja uma segurança de prevenção de 100%).

Quando o paciente apresenta muitas crises ao ano, pode-se indicar o tratamento preventivo, geralmente com medicações antivirais em doses menores do que as habituais para a doença em atividade.

Orienta-se, ainda, abstinência sexual durante toda a fase ativa (de feridas e bolhas), para evitar a transmissão para parceiros sexuais

Sífilis

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum.

A doença pode provocar feridas genitais que não sangram e não doem, além de manchas vermelhas por todo o corpo, em especial nas mãos e nos pés.

Pode atingir, além da pele, outros órgãos, tais como nervos, olhos e coração.

O diagnóstico se faz através de exames de sangue (sorologias) e, em alguns casos, pelo exame histopatológico, através de uma biópsia da pele acometida.

O tratamento é feito, majoritariamente, com Benzatacil® e é essencial para que a doença não se agrave e não afete outros órgãos.

A prevenção inclui o uso de preservativos (ainda que não haja uma segurança de prevenção de 100%).

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